Lehman CD, Gatsonis C, Schnall MD et al from ACRIN Trial 6667 Investigators Group. MRI Evaluation of the Contralateral Breast in Women with Recently Diagnosed Breast Cancer. New England Journal of Medicine. March 29, 2007;356(13):1295-1303.
Conhecimento prévio ao estudo: Mesmo após cuidadosa avaliação clínica e mamográfica, câncer é encontrado na mama contralateral em até 10% das mulheres que receberam tratamento para câncer de mama unilateral.
Objetivo do estudo: Determinar se o exame de imagem por ressonância magnética (IRM) poderia melhorar o exame clínico da mama e a mamografia na detecção de câncer de mama contralateral logo após o diagnóstico inicial de câncer de mama unilateral.
Metodologia: Estudo clínico prospectivo, longitudinal, de uma coorte de 969 mulheres com um diagnóstico recente de câncer de mama unilateral e sem anormalidades no exame clínico e mamográfico da mama contralateral, as quais foram submetidas a exame de imagem por ressonância magnética da mama. O diagnóstico de câncer detectado por IRM foi confirmado por meio de biópsias dentro de 12 meses após a entrada no estudo. A ausência de câncer de mama foi determinada por meio de biópsias, ausência de achados positivos em imagens repetidas e exame clínico, ou ambos ao final de 1 ano de seguimento.
Resumo dos resultados: A IRM detectou câncer de mama clinica e mamograficamente oculto na mama contralateral em 30 das 969 mulheres que participaram do estudo (3,1%). A sensibilidade da IRM na mama contralateral foi de 91% e a especificidade foi de 88%. O valor preditivo negativo da IRM foi de 99%. Uma biópsia foi realizada com base nos achados positivos da IRM em 121 das 969 mulheres (12,5%), 30 das quais tinham espécimes que foram positivos para câncer (24,8%), sendo que 18 desses 30 espécimes foram positivos para câncer invasivo. O diâmetro médio dos tumores invasivos detectados foi de
Conhecimento adquirido com o estudo: O exame de imagem por ressonância magnética pode detectar câncer na mama contralateral, não detectável por exame clínico ou mamografia ao tempo do diagnóstico inicial do câncer de mama.
Força de evidência: (A)* - Estudo clínico prospectivo, longitudinal, de coorte, de metodologia original e com boa qualidade técnica. Praticamente ausência de perda de seguimento em um período adequado de follow-up. Tratamento estatístico de excelente qualidade. Excelente aplicabilidade clínica.
Os autores principais são membros da University of Washington Medical Center, Seattle, da Brown University, Providence, RI e da University of Pennsylvania Medical School, Philadelphia. Autor responsável: Dr. Lehman – lehman@u.washington.edu.
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